terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

JHONATA ALMEIDA: "Momento Musical"

Buenas!

No “Momento Musical” de hoje, uma referência ímpar no cenário musical brasileiro, recheada de saudade, nostalgia, poesia e melodia...

Em 1978, em Brasília-DF, surgiu uma banda de amigos adolescentes chamada de “Aborto Elétrico” (múltiplas versões explicam esse nome), composta originalmente por Renato Manfredini Júnior (contrabaixo e vocal), André Pretorius (guitarra) e Fê Lemos (bateria). Com o passar do tempo, André saiu da banda e outros integrantes por ali passaram, como o irmão de Fê, Flávio Lemos. Após constantes brigas entre Renato e Fê, a banda acabou. A partir daí, Flávio e Fê juntaram-se a Dinho Ouro Preto e formaram o “Capital Inicial”, e Renato formou aquela que foi, é e sempre será um dos marcos da Música de nosso país: o “Legião Urbana”.

Originalmente composta por Renato, Marcelo Bonfá, Paulo Paulista e Eduardo Paraná, rapidamente a banda tomou sua forma que permaneceu em atividade (com uma ou outra passagem de músicos) até a morte de Renato (em 11 de outubro de 1996, com apenas 36 anos): Renato, Marcelo (bateria) e Dado Villa-Lobos (violão e guitarra).

Com letras que abordam diversas temáticas, Renato escreveu canções que contavam histórias (como a inesquecível “Eduardo e Mônica” ou a histórica “Faroeste Caboclo”, uma das mais conhecidas da banda), outras que mostravam indignação (destaque para “Que País é Este?”, herança da Aborto Elétrico), algumas com alta carga filosófica e introspectiva (como “Índios”, “O Teatro dos Vampiros”, “Metal contra as Nuvens” e aquela que talvez é o maior sucesso da banda: “Pais e Filhos”, que aborda um tema delicado e fala da necessidade e importância do amor) e muitas falando de relacionamentos (na maioria das vezes frustrados), como “Mil Pedaços”, “Sete Cidades”, “Hoje à Noite não tem Luar”, “Por Enquanto” (famosa na voz de Cássia Eller) e principalmente “Vento no Litoral” (essa é “pesada”...).

Também houve espaço para canções com mensagens de motivação e de otimismo, como “Quando o Sol Bater na Janela do teu Quarto” e “Mais uma Vez”.
Logicamente, Renato escreveu canções tristes como “Love in the Afternoon” (que mesmo com o título em inglês tem a letra em português) e clássicos como “Será”, “Eu Sei”, “Tempo Perdido” e a belíssima “Monte Castelo”.

Recomendo uma “ouvida-teste” pra quem ainda não conhece (isso é possível?), ou uma pesquisa sobre alguma das canções que citei. Vale a pena. Importante ressaltar que Renato além de grande poeta, era um fantástico cantor. Subjetivo no palco e com uma grande potência vocal, muitos fãs faziam questão de ir aos shows motivados pela certeza de que Renato improvisaria “discursos” e conselhos fundamentados com grande qualidade intelectual e emocional.
Um legado imensurável, belas poesias e melodias e muita saudade...
Jhou Batera //
Cabeludo

Jhonata Almeida

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