segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Enem teve índice de abstenção de 27,6%



Ministro da Educação comentou casos curiosos do exame, como aluna que deu à luz durante a prova em Mato Grosso.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, informou no início da noite deste domingo que 4,175 milhões de estudantes fizeram a prova do Enem, neste final de semana. O índice de abstenção foi de 27,9%. No ano passado, 3,8 milhões de pessoas fizeram as provas e abstenção foi de 27,6%.
Mercadante informou que no domingo mais 28 estudantes tiveram sua prova cancelada por haverem divulgado imagens da prova e do cartão de respostas na Internet. No sábado, 37 pessoas já haviam tido o mesmo problema. O ministro relatou casos curiosos ocorridos durante as provas, como em Mato Grosso, onde a polícia quis entrar no local de prova para cumprir mandado de prisão contra um estudante.
— Não deixamos entrar — disse o ministro.
Os policiais tiveram de aguardar do lado de fora. No Mato Grosso do Sul, a estudante Pamela Oliveira deu à luz no momento da prova. O ministro telefonou para ela, que é uma assentada, e garantiu que ela poderá fazer nova prova. Criança e mãe passam bem e o menino se chama Everton.
Segunda chance
Estudantes prejudicados pela chuva serão autorizados a fazer nova prova do Enem em dezembro, segundo o ministro.
— Em cinco cidades tivemos problemas com chuvas no finalzinho do exame. A situação que nos preocupa é Amargosa, na Bahia, onde a escola foi destelhada. Os alunos poderão fazer nova prova em dezembro, assim como a Pamela (Pamela Oliveira, de Cidrolândia/MS, que deu à luz hoje) e alunos sabatistas de Rio Branco, no Acre, que sofreram com falta de energia na noite de ontem (sábado) — disse Mercadante.
Estudantes deficientes visuais que tiveram problema em realizar a prova no Rio de Janeiro também serão autorizados a fazer outra prova.

Possibilidade de cancelamento

Sobre os boatos de cancelamento da prova divulgados no sábado, na Internet, o ministro comentou:
— Vamos avaliar juridicamente a questão, ver se é possível enquadrar na lei que prevê punição contra ato de concurso público. É preciso aprimorar legislação dos concursos.
Ele acrescentou que a origem do problema foi em Campinas (SP) e que a Polícia Federal está investigando. O ministro comemorou o fato de não haver indícios de fraude.
— Não tivemos nenhuma fraude, nenhum indício que pudesse arranhar a seriedade do Enem — disse.
Segundo Mercadante, o governo aprendeu com as experiências anteriores.
 Fonte: Zero Hora

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