domingo, 11 de novembro de 2012

Projeto de irrigação vai contemplar dez cidades no Rio Grande do Sul




Busato acredita que sistema entre em atividade até abril de 2013Anunciado na Expointer deste ano, o Projeto de Incentivo à Implantação de Sistemas Irrigados começa a sair do papel para ser implantado. Com recursos que devem ficar entre R$ 100 mil e R$ 150 mil, inicialmente vai beneficiar dez municípios, onde uma propriedade em cada um deles vai receber, através de comodato, equipamentos de irrigação por aspersão ou gotejamento custeados pela Secretaria de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano (SOP). “Esse é um esforço para incentivar os agricultores ao uso desse sistema, já que eles têm a cultura de apostar e esperar pela chuva no verão”, explica o secretário da SOP, Luiz Carlos Busato. O sistema deve começar a ser instalado ainda neste ano, com previsão de entrar em atividade no primeiro quadrimestre de 2013.
As propriedades contempladas no projeto devem ter em média 1 hectare, estar entre os municípios inclusos no Decreto de Emergência anunciado em função da estiagem no último ano e possuir açude através do Pró-Irrigação. Com isso, propriedades rurais de Bagé, Capão Bonito do Sul, Crissiumal, Doutor Maurício Cardoso, Erechim, Frederico Wesphalen, Herval, Passo do Sobrado, Restinga Seca e Santa Maria do Herval estão entre as que receberão os equipamentos. De acordo com Busato, os sistemas de irrigação têm caráter preventivo e serão adquiridos da empresa israelense Netafim, especializada em desenvolver tecnologias de ponta no segmento. “No Estado, nós não queremos alta tecnologia, e, sim, atingir o público de pequenos agricultores que faz um pequeno açude e tenta enfrentar a estiagem”, destaca.
Entre as etapas para o estabelecimento do projeto está a escolha das propriedades, com critérios ainda indefinidos, mas que devem levar em conta, principalmente, gêneros de culturas adaptáveis aos modelos de irrigação disponibilizados. Os produtores contemplados também terão acesso à qualificação para manusear o sistema, que ficará nas propriedades durante dois anos após a instalação. A contrapartida dos agricultores será abrir as portas das pequenas propriedades selecionadas para que técnicos da SOP e da Emater meçam os níveis de produtividade antes e depois da operação do sistema.
Apesar de ser um método novo e ainda “desconhecido”, o secretário de Agricultura de Doutor Maurício Cardoso, Antenor Antônio Desconsi, avalia que a alternativa apresentada pela SOP pode ajudar os municípios a “conviver com a estiagem da melhor forma possível”.
Fonte: Jornal do Comércio

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