Buenas!
No “Momento Musical” de hoje, algumas reflexões sobre o árduo
trabalho de trabalhar com Música...
Existem várias barreiras para que um Músico consiga exercer
seu trabalho de forma tranquila, eficaz, produtiva e crescente... E esses
obstáculos se apresentam das mais variadas formas...
Sempre lembro de uma história comum, que vários músicos devem
ter experimentado mas que me marcou...
Certa vez, João da Silva foi contatado para dar seu preço de
um show... Depois das especificações referentes a distância, local, duração e
som, fixou seu valor em mil reais; imediatamente o “(con)tratante” achou caro e
disse que só poderia pagar “uns 600”.
João fez os cálculos de deslocamento, equipamento e
logística, e concluiu que se tocasse por aquele valor acabaria “ganhando” cento
e cinquenta reais, mas mesmo assim, por estar precisando, fechou o negócio.
Salienta-se que João é um ótimo profissional, estudioso,
sério e com alguma estrada “nas costas”.
Dias depois, o “(con)tratante” ligou e disse: “-Tchê, João,
tem um cara aqui que me faz por 500...Tu cobre esse valor? Se não vou pegar
ele!”
Não cabe aqui registrar as “palavras” que João pensou em
proferir; depois de baixar seu preço quase pela metade e já ter “adiantado”
algumas coisas com vistas ao show, receber uma ligação dessas é humilhante. Aí,
cabe a seguinte frase: “Queres qualidade? Contrate-me. Queres preço, contrate
outro.”
O problema é que, de certa forma, do jeito que “as coisas”
estão, realmente os “empresários” não estão muito preocupados em contratar “algo
bom”; tendo alguém que faça barulho ali por algumas horas, já está bom.
Porém, eu na condição de professor de Música ainda tento
disseminar ouvido crítico nas pessoas: é preciso saber discernir o que é Música
e o que é barulho.
Música é várias coisas, mas em inúmeros casos é profissão, é
suor, é investimento, é estudo, é garganta irritada, é bolha no dedo, é estrada
e é algo sério. Não é só diversão.
E esse é só um dos problemas que o Músico enfrenta...
Cabeludo
Jhou Batera //
Jhonata Almeida
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