Buenas!
No “Momento Musical” de
hoje, uma resumida e acessível diferenciação acerca das divisões e subdivisões
dos segmentos de Música Gaúcha, que muitas vezes são um pouco deturpados...
A “grosso modo”, podemos
dividir a Música Gaúcha em galponeira (tradicionalista) e nativa (nativista). Sem
tocar na parte histórica, como as formas com que essas vertentes se instalaram
aqui, vamos “atacar” o mérito da classificação e de como reconhecer as
diferenças.
Basicamente, podemos de
forma simplificada dizer que a música galponeira é a “de dançar” e a nativista
é a “de ouvir”, ou que a galponeira é a “de baile” e a nativa é a “de
festival”; porém, logicamente essa conceituação rudimentar é uma maneira muito
superficial de explicar, embora sirva pra compreensão.
Os ritmos mais marcantes da
música galponeira sem dúvida são a vaneira, o bugio e a rancheira,
secundariamente aparecendo o xote e a marcha, e ainda com presença da valsa e
do chamamé, entre outros (como a variação “baileira” da milonga ou até do
tango, novamente ressaltando a ausência da explicação da parte histórica por
não ser esse o objetivo do texto).
Como expoentes da música
galponeira podemos citar conjuntos renomados como “Os Monarcas”, “Os Mirins”,
“Os Serranos” e “Os Bertussi”, entre inúmeros outros.
A música nativista já
compreende uma subdivisão bem maior, com destaque para o nativista de fronteira
e o nativista missioneiro, e dentro dessas duas classes temos outras
subdivisões.
Uma das características
normalmente marcantes que diferenciam o nativismo do galponeirismo sem dúvida
são os temas das letras (ressaltando o fato de que qualquer canção de qualquer
dessas vertentes pode ser instrumental, ou seja, não possuir letra e mesmo
assim ser claramente diferenciada): músicas galponeiras em sua maioria retratam
os bailes (e os acontecimentos deles), os costumes do campo, o cavalo e possuem
textos mais “simplórios” (logicamente com exceções); já a música nativista
costuma ter letras mais bem elaboradas, contando histórias de temas específicos
ou contendo lições e questões para reflexão (novamente, com exceções).
Podemos citar como destaques
do nativismo missioneiro nomes como Noel Guarany, Cenair Maicá e Pedro Ortaça
(este com reflexos visíveis da música galponeira, embora historicamente
considerado um dos pilares do missioneirismo), entre outros; como expoentes do
nativismo de fronteira cabe colocar nomes como Adair de Freitas, César
Passarinho e os bem mais recentes César Oliveira e Rogério Melo (todos esses
com influências marcantes do galponeirismo em suas obras, embora conservando a
marca do fronteirismo em seus estilos). Além disso, temos as subdivisões do
nativismo romântico, urbano e outros, bem como as análises de vários desses
nomes que citei...Porém são temas para outros textos...
Cabeludo
Jhou Batera //
Jhonata Almeida
Nenhum comentário:
Postar um comentário