Moinhos já reajustaram farinha em 8% este mês e esperam novo aumento em dezembro.
Além
de preocupar agricultores, um novo revés nas lavouras gaúchas vai
afetar o bolso do consumidor. Como vendavais, granizo e geada diminuíram
a produção e afetaram a qualidade do trigo no Estado — problema que se
repete nos demais países produtores do Mercosul — o preço da farinha já
subiu e o repasse deve chegar em breve a derivados como o pãozinho.
Levantamento divulgado nesta quinta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que a safra de trigo no Rio Grande do Sul, com a colheita ainda em andamento, deve ser de 2,05 milhões de toneladas, queda de 25% em comparação a 2011 e de 16% ante a estimativa anterior para a safra deste ano. O presidente do Sindicato da Indústria de Trigo no Estado (Sinditrigo), José Celestino Antoniazzi, estima que até um quarto do produto que restou nas lavouras não tem qualidade suficiente para ser moído. Outro complicador, acrescenta, são os contratos de exportação de aproximadamente 800 mil toneladas. A saída, diz o dirigente, é buscar um volume maior de trigo importado, também mais caro por problemas semelhantes.
— Em novembro, já ocorreu um aumento médio de 8% em todas as farinhas e, para dezembro, estão previstos mais 8%. O cenário é de preocupação em relação a abastecimento e preços — diz Antoniazzi.
A apreensão é compartilhada pelo presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria e de Massas Alimentícias e Biscoitos no Estado do Rio Grande do Sul (Sindipan), Arildo Bennech Oliveira, que projeta a continuidade da oferta apertada e preços em alta durante 2013.
— O que se avizinha é sombrio, e estes aumentos terão de ser repassados. Algumas padarias já receberam farinha com esses novos valores — admite Oliveira, que entretanto prefere não arriscar qual será o impacto no preço de pães, massas e biscoitos, nem a partir de quando.
Para o analista de trigo Renan Gomes, da consultoria Safras & Mercado, a situação pode mesmo se agravar a partir de fevereiro do próximo ano. Apesar da quebra na produção e da falta de qualidade, a pressão da oferta agora, no período de safra, ainda consegue evitar uma alta maior no preço do trigo. Com as lavouras do Uruguai e da Argentina enfrentam problemas climáticos semelhantes, a projeção da Safras & Mercado é que a safra 2012 no Mercosul chegue a 18,9 milhões de toneladas, 20% menor em relação ao ano passado.
Levantamento divulgado nesta quinta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que a safra de trigo no Rio Grande do Sul, com a colheita ainda em andamento, deve ser de 2,05 milhões de toneladas, queda de 25% em comparação a 2011 e de 16% ante a estimativa anterior para a safra deste ano. O presidente do Sindicato da Indústria de Trigo no Estado (Sinditrigo), José Celestino Antoniazzi, estima que até um quarto do produto que restou nas lavouras não tem qualidade suficiente para ser moído. Outro complicador, acrescenta, são os contratos de exportação de aproximadamente 800 mil toneladas. A saída, diz o dirigente, é buscar um volume maior de trigo importado, também mais caro por problemas semelhantes.
— Em novembro, já ocorreu um aumento médio de 8% em todas as farinhas e, para dezembro, estão previstos mais 8%. O cenário é de preocupação em relação a abastecimento e preços — diz Antoniazzi.
A apreensão é compartilhada pelo presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria e de Massas Alimentícias e Biscoitos no Estado do Rio Grande do Sul (Sindipan), Arildo Bennech Oliveira, que projeta a continuidade da oferta apertada e preços em alta durante 2013.
— O que se avizinha é sombrio, e estes aumentos terão de ser repassados. Algumas padarias já receberam farinha com esses novos valores — admite Oliveira, que entretanto prefere não arriscar qual será o impacto no preço de pães, massas e biscoitos, nem a partir de quando.
Para o analista de trigo Renan Gomes, da consultoria Safras & Mercado, a situação pode mesmo se agravar a partir de fevereiro do próximo ano. Apesar da quebra na produção e da falta de qualidade, a pressão da oferta agora, no período de safra, ainda consegue evitar uma alta maior no preço do trigo. Com as lavouras do Uruguai e da Argentina enfrentam problemas climáticos semelhantes, a projeção da Safras & Mercado é que a safra 2012 no Mercosul chegue a 18,9 milhões de toneladas, 20% menor em relação ao ano passado.
Boletim conjuntural da Emater
também divulgado nesta quinta-feira indica que quase dois terços das
lavouras gaúchas já foram colhidas, mas a qualidade tem se mostrado
inferior ao aceitável pelos moinhos, gerando apreensão dos agricultores
em relação aos compromissos financeiros. O grão comprometido, em regra, é
utilizado para ração animal. Apesar da colheita, o preço do trigo sobe
nas últimas semanas. A cotação média da saca de 60 quilos do tipo 1,
classe pão, é de R$ 30,43 no Estado, 14% superior ao mesmo período do
ano passado.
Fonte: Zero Hora
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