De
acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta
quinta-feira (27/08), os produtores de pêssego da região da Serra Gaúcha estão
mais tranquilos, já que as temperaturas amenas registradas na última semana
reduziram a velocidade de florescimento dos pessegueiros. Os agricultores
estavam apreensivos devido à antecipação do florescimento causada pelo calor
fora de época do início do mês, que segundo o assistente técnico estadual em
Fruticultura da Emater/RS-Ascar, Antonio Conte, poderia expor as plantas a
sérios riscos de perdas caso venham a ocorrer geadas, comuns até meados de
setembro.
Nos
locais de maior altitude, praticamente todas as cultivares de pêssego já estão
florescendo com grande intensidade, mesmo as mais tardias. No entanto, este
florescimento não garante o desenvolvimento das frutas e uma boa produção.
Segundo a Emater/RS-Ascar, a falta de frio afeta as gemas vegetativas de
folhas, que precisam de um acúmulo de horas de frio maior do que as gemas
floríferas. Não havendo área foliar suficiente para abastecer as frutas, muitas
delas podem ser abortadas das plantas.
Nos
pomares de variedades superprecoces, cultivados em locais de clima mais quente
da região serrana, a frutificação está bem adiantada e exige a adoção de práticas
culturais como o raleio de frutas e os tratamentos fitossanitários para
controle e prevenção de doenças. Algumas plantas estão com frutas em maturação
antecipada, exigindo a sua colheita para que não se tornem possíveis focos de
disseminação de doenças e pontos de reprodução de pragas, como a mosca das
frutas.
No Sul do
Estado os pessegueiros estão com uma floração desuniforme, em função da
ocorrência de reduzido número de horas de frio. Até o momento estão acumuladas
apenas 180 horas de temperaturas iguais ou abaixo de 7,2ºC, frente à média
histórica de mais de 503 horas para o período na região. Estima-se que 96% dos
pomares já foram podados, encaminhando-se para o final da prática, e iniciam as
atividades de raleio nas cultivares precoces e as aplicações de adubos. Na
região do Planalto, os agricultores podaram em torno de 80 a 90% dos pomares.
Há uma floração bastante precoce dos pessegueiros, e assim como na Serra, há
risco de ocorrer uma geada tardia que poderá prejudicar a produção.
Relações-Públicas Mateus de Oliveira
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