terça-feira, 11 de abril de 2017

Jhonata Almeida: "Momento Musical"

Buenas!
No “Momento Musical” de hoje, uma reflexão sobre as “identidades Musicais” das pessoas, desde Músicos a ouvintes...

Tenho pensado em alguns aspectos que julgo interessantes no que se refere à formação musical das pessoas... Logicamente, um DO maior (C), um LA bemol (Gsus) ou um intervalo rítmico são os mesmos pra um aprendiz ou pra um mestre (guardadas as devidas proporções e estilos); porém, o que difere os músicos (assim como as digitais em relação aos dedos) é a identidade... As características que marcam o cantor, o instrumentista, o produtor ou o maestro...Bato muito nessa tecla com meus alunos...Não adianta ser um "reprodutor de notas ou ritmos"...Tem que ter FEELING...Tem que ter sentimento...E isso é pré-requisito de gostar do que está fazendo...E mais...De sentir o que está fazendo...É bonito tocar certinho...é correto desenvolver técnica...É válido estudar a teoria e aplicar na prática...Mas o interessante é "ser você" musicalmente...Além de não copiar, preocupar-se em criar...É isso que nos deixa imortais...

Como bem disse Beethoven, “errar uma nota é insignificante, mas tocar sem amor é imperdoável”; claro que não só na Música isso é válido, mas a Música geralmente presume a existência do público, de alguém assistindo, acompanhando, admirando, nem que seja uma só pessoa...E nem que seja pra criticar... ou apreciar...ou aprender...

Porém, essa questão vais mais além: não precisa ser Músico pra ter identidade musical. Sabe quando a gente pergunta que tipo de Música a pessoa mais gosta? Pois é. Mesmo quem não toca ou não canta ou não entende, desenvolve sua percepção musical e seus gostos pessoais em relação à Música... “Não gosto de pagode”; “eu curto rock”; “gosto de Música nativista mas não de baile”; “MPB é chata”; “escuto de tudo menos funk”; “amo sertanejo universitário”; “rock eu acho muito pesado, prefiro pop”... Tudo isso é identidade Musical.

Claro que quando citei a questão do FEELING, me referi integralmente à maneira com que se toca ou canta; entretanto, o feeling é presente também em quem ouve: chorar ou se arrepiar escutando uma canção é ter feeling. Muitas vezes, se mistura alguma memória ou experiência pessoal com a letra da canção, ou a melodia faz lembrar algo triste ou emotivo, talvez o solo de saxofone traga alguma recordação... São infinitas possibilidades, mas o fato é que se “mexer” com a pessoa, é feeling... Não um feeling para tocar, mas um feeling para ouvir...

E você? Como seu feeling aflora? O que te faz sentir uma canção?
Cabeludo
Jhou Batera //

Jhonata Almeida

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