segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Economia do Brasil perde força entre emergentes



Em dois anos do governo Dilma Rousseff, o crescimento da economia deve ser o menor entre os principais países emergentes do mundo, incluindo países da América Latina. Levantamento do economista Alcides Leite - professor da Escola de Negócios de São Paulo - feito com base em projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), indica que a economia brasileira deve crescer próximo a um terço da economia dos países emergentes (inclusive o próprio Brasil): 4,2% ante 11,8%.
No grupo dos Brics, o avanço brasileiro deve ser metade do russo, um terço do indiano e menos de um quarto do chinês. "Vamos crescer menos que a África do Sul, país com nível de desemprego em 25%", observou Leite. Na comparação entre Brasil e principais nações latino-americanas exportadoras de commodities, o país também fica para trás. Comparado à Argentina, exportadora de commodities agrícolas, o crescimento brasileiro está próximo de um terço.
Quanto a Chile e Peru, exportadores de commodities minerais, o País chega ao mesmo terço. 'Para crescer sem inflação ou necessidade de aumentar juro, precisamos de mudanças estruturais.' A elevada aprovação do governo Dilma, conforme Leite, mostra que a população brasileira ainda não foi afetada pelo menor crescimento. 'Baixo desemprego, aumento real do salário mínimo, expansão do crédito e queda nos juros têm garantido a satisfação popular', observou.
Bráulio Borges, da LCA Consultores, avalia que o período de desaceleração mais intensa não ocorre em 2011 e 2012 como um todo. Na realidade, observa, concentra-se na segunda metade de 2011 e primeira de 2012. E os motivos, explica, foram os efeitos do freio no consumo no fim de 2010 e começo de 2011. "Demorou para que a atividade reagisse, mas os dados do PIB do terceiro trimestre, que serão divulgados esta semana, e os próprios dados do quarto trimestre sugerem que a economia brasileira caminha para crescer no ano que vem."
Fonte: Correio do Povo

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